Friday, September 22, 2006

Liberais de meia tijela.

Já Cavaco Silva se queixava do empresariado em Portugal.
Muitos anos antes, também Salazar, o tinha feito.
Parece ser recorrente.
Ontem realizou-se a 2ª edição do forum "Compromisso Portugal", uma verdadeira feira de vaidades dos empresários portugueses.Um forum onde, dizem os seus promotores, se pretende contribuir, através de propostas, para um Portugal melhor.Pois bem, depois de muita "discussão", lá sairam 15 propostas. Em nenhuma delas ,este grupo ( de empresários), se compromete a fazer algo por Portugal.Em nenhuma das propostas se houve "nós comprometemo-nos". Em contrapartida exigem que o estado, ou seja nós todos menos eles, faça algo. Mas faça algo que não os prejudique, a eles e aos seus negócios.Por exemplo o caso da Segurança Social.O forum propôe o sistema de capitalização, isto é, o contribuinte deve, numa percentagem ( não definida) , contribuir para um sistema privado ( negócio) de segurança social.Muito bem, é honesto, é mais correcto e mais competitivo , não sei bem o que é que isto quer dizer, mas presumo ser um "chavão".A transição para este sistema acarreta enormes custos associados à transição entre os dois sistemas - o actual e o proposto. Esperavam vocês, que em nome da competitividade da nossa economia, os empresários se comprometessem a pagar estes custos ( ou no minimo a comparticipar). Não senhor, deve ser o estado, através da emissão de divida pública ( ir aos bancos ) a pagar os custos- aqui já não há mal em aumentar o deficit , ou como agora é pomposo dizer "os enormes gastos do estado".Outro exemplo o IRC.Deve ser drásticamente reduzido, pois deve, aliás ninguem deveria pagar impostos. Mas e mais uma vez com a sua redução quem paga? Mas o forum comprometeu-se como contrapartida desta baixa em aumentar as exportações, ou faz depender daquele este objectivo? Ou alguem ouviu falar do baixo IRC das entidades financeiras? e sobre os juros, os mais altos da da UE, alguem ouviu algo?Finalmente os 200 mil.Eu não sou funcionário publico, mas isto até parece tiro aos pratos. Um dia destes ( se é que não acontece já) ser funcionário publico é crime.A leviandade desta observação deveria ser punida com crime, no minimo, de difamação. Se o estado gerisse assim os seus recursos, provavelmente, já tinha fechado.Quais são as areas onde há funcionários a mais? Na agricultura, dirá António Carrapatoso, nas policias, dirá Alexandre Relvas.E foram estes mesmos senhores, que há uns anos atráz, foram pedir ao governo que fizesse tudo para manter os centros de decisão das empresas em Portugal.Liberais de meia tijela.

Thursday, September 14, 2006

Pacheco, o petroleiro

É admirável a leveza de espirito de Pacheco Pereira.
Quando as coisas lhe correm mal, como parece que lhe aconteceu nos ultimo "Prós e Contras", eis que vem a terreiro, com o falsos argumentos e associações caricatas, acusar e dizer mal de quem o confronta ou afronta (ainda não percebi bem). Foi assim depois de um colóquio na faculdade de economia, que pelos vistos também lhe correu mal, que desatou com aquela velocidade de ponta a dizer mal da cidade.
Eu imagino que seja complicado, com tanta televisão e tanta opinião, ser coerente ou mesmo verdadeiro, mas que se fique com "maus figados" quando se é apanhado em falso é que começa a ser um caso de psiquiatria.
Com o titulo DUAS DITADURAS LATINO-AMERICANAS, FILHAS DO ALTERMUNDIALISMO eis que o JPP arranjou maneira de dizer mal de Mario Soares ( que ao que consta teve que lhe reavivar a memória várias vezes, o que para um jovem de 82 anos não deixa de ser notável) e Boaventura Sousa Santos, que ao que consta também, parece ter sido o originário daquela memorável peça sobre Coimbra com que JPP nos brindou.
Esquece JPP que as duas DITADURAS LATINO-AMERICANAS foram sufragadas pelo povo e que o "crime" de que o mundo (onde se inclui o JPP) os acusa é de terem nacionalizado as companhias petroliferas nos respectivos paises.
A "treta" do "Presidente Vitalício" só pode ser um lapso de JPP, quando muito, provavelmente, estava a pensar no presidente do Paquistão ou nos "reinados" Sauditas. Esses sim apoiados pelos respectivos povos, sufragados, e com amplas liberdades democráticas.