Thursday, May 18, 2006
As ilhas
Parece ser sina dos portugueses ter problemas com as ilhas. Ao que parece a história já vai longa e até Luis de Camões terá tido alguns problemas com elas, tendo-se mesmo enfeitiçado pelo canto das sereias numa tal "ilha dos amores". De facto, nesta nossa relação com as ilhas, nem tudo tem sido cor-de-rosa, nem mesmo quando por causa de um mapa, a nossa santa aliança com uma ilha ía indo por água abaixo. Não foi na altura e parece que também nunca irá, mesmo com Mourinho fazendo umas mossas. Até agora só tem criado problemas! Quando Dinis Dias em 1444 descobriu o arquipelado de Cabo Verde estava longe de imaginar os problemas que este iria causar aos portugueses. A então baptizada, Ilha de Santiago, albergaria um campo de concentração para prisioneiros politicos dos regime salazarista. Um grande problema! E a história continua. Açores, arquipélago lindissimo. Boa comida, paisagens magnificas, uma só vaca louca e mesmo esta importada da holanda. Não nos bastava as ilhas abanarem mais que o Joeano quando estava a marcar o penalty contra o Maritimo, ainda tinhamos de "mamar" com os americanos e arranjar problemas. E não bastavam os problemas arranjados pelos americanos e ainda tinhamos de ter um primeiro ministro, actual presidente da comissão europeia, armado em anfitrião de conselho de guerra. Mas o pior ainda está para vir. Em 1418, Gonçalves Zarco, descobre a Madeira. Bestial, este rochedo no meio do Atlântico, era o ideal para povoar com os indesejáveis do continente. Ainda agora penamos com tamanha decisão. Não só não nos livramos deles, como se multiplicaram e se apresentam resistentes como nunca. São como uma colmeia. Trabalham todos para a rainha, que lhes garantirá o comer. Alguns estão mesmo dispostos a tudo, para defender a colmeia e a sua rainha. Uma praga e um enorme problema! Finalmente Timor. Na altura, pensando nos problemas que já tinhamos, ficamos só com metade. Provavelmente só teriamos metado dos problemas, pensamos. Engano, puro engano! Fomos humilhados, enganados, roubados, gozados. Tivemos um problema às costas que demorou a ser resolvido. E agora, que a coisa estava quase arrumadinha, não é que os timorenses querem voltar a tomar decisões com votação de braço no ar? Arre gaita que é sina!
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